A crise econômica global causada pela pandemia de COVID-19 reaqueceu os debates em torno de um “Green New Deal”, um projeto de desenvolvimento pautado na ação climática, na construção de capacidade e resiliência para se enfrentar a crise do clima e na transição acelerada para fontes energéticas mais limpas.
Politicamente, isso reverberou na União Europeia, que colocou a questão climática no coração de seu projeto de recuperação econômica pós-pandemia. Já nos Estados Unidos, ainda que Donald Trump esteja distante dessa conversa, a oposição democrata está sensível e tenta oferecer um caminho alternativo na linha do Green New Deal. Mas como isso pode se desdobrar em outros países?
Na BBC, Justin Rowlatt explora essa questão e aponta alguns caminhos nos quais a recuperação verde promovida por europeus e norte-americanos pode influenciar outros países e regiões do mundo no mesmo sentido. A grande dúvida está na China, epicentro inicial da pandemia: o governo comunista chinês vem flexibilizando regras e facilitando investimentos em projetos de carvão como caminho mais rápido para reaquecer a economia do país. Ao mesmo tempo, as tensões geopolíticas com os EUA de Trump reforçam o receio de Pequim em avançar com metas e ações climáticas mais ambiciosas.
ClimaInfo, 1º de junho de 2020.
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