Mesmo com boa parte do planeta sob algum tipo de quarentena, a concentração global de carbono do mês de maio bateu um recorde histórico. De acordo com dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) e do Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia, em San Diego, a concentração de CO2 atingiu em maio o nível de 417 partes por milhão (ppm), superior ao registrado no mesmo mês no ano passado (414,8 ppm).
De acordo com comunicado do Scripps, a queda das emissões registradas em alguns países durante a pandemia não foi suficiente para influenciar a concentração medida no Observatório Mauna Loa, no Havaí. Para que isso acontecesse, seriam necessárias reduções de 20% a 30% nas emissões por seis a 12 meses.
Com a retomada das atividades econômicas em muitos países, especialmente na China e na Europa, a situação deve ser exatamente a contrária: um aumento nas emissões, ainda que não esteja claro se isso compensará as emissões evitadas durante a pandemia.
ClimaInfo, 5 de junho de 2020.
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