Câmara dos EUA veta possibilidade de acordo comercial com Brasil por conta da política ambiental

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A política ambiental do governo Bolsonaro segue dificultando a vida do comércio exterior brasileiro. Na semana passada, parlamentares nos Estados Unidos e Holanda sinalizaram que não aceitarão que seus governos firmem acordos comerciais com o Brasil por conta do risco ambiental do país. Para um governo que tinha como prioridade a abertura comercial, essas notícias são bastante desagradáveis.

“Foi a primeira vez que o Brasil conscientemente se colocou como o vilão da história. É curioso que o Brasil, que está querendo se abrir economicamente, esteja dando um cavalo-de-pau na política ambiental, pois é um custo que será pago na área comercial”, comenta Eduardo Mello, da Escola de Relações Internacionais da FGV, a Gabriel Shinohara n’O Globo. O jornalista também ouviu o ex-ministro Rubens Ricupero, que reforçou que a declaração formal do Comitê de Assuntos Tributários (Ways and Means Committee), o mais poderoso da Câmara dos Representantes dos EUA para assuntos comerciais, “praticamente liquida” as chances de um acordo com o Brasil. “Na situação que está aqui nessa área de meio ambiente, cada vez vai ser mais difícil encontrar parceiros expressivos que queiram negociar com o Brasil”, alerta Ricupero.

“Um governo que tem o projeto de reduzir proteção ambiental, que estimula o aumento do desmatamento, provocará prejuízos à nação que vão além do comércio. Vai destruir patrimônio natural, com o impacto em perda de solo e água. Vai provocar o fechamento de mercados, e o país deixará de ser visto como um bom local para investimentos”, escreve Míriam Leitão, também n’O Globo.

 

ClimaInfo, 8 de junho de 2020.

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