Recuperação de áreas contaminadas por óleo no Nordeste é prejudicada pela pandemia

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Dez meses depois do surgimento dos primeiros vestígios de óleo nas praias nordestinas, ainda não se sabe quem foi o responsável por este que é um dos maiores vazamentos em alto mar da história do Brasil, vazamento que atingiu mais de 1.000 pontos do litoral brasileiro, desde o Maranhão até o Rio de Janeiro.

Na Veja, Jennifer Ann Thomas informa que a chegada da COVID-19 ao Brasil acabou causando uma desaceleração dos esforços de descontaminação das áreas costeiras atingidas pelo vazamento e de minimização dos impactos sociais, ambientais e econômicos da crise.

A Reserva Extrativista de Canavieiras, por exemplo, bastante atingida, não está sendo monitorada de maneira sistemática, o que pode comprometer as análises sobre o impacto, bem como de esforços de recuperação da área. Já o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, também afetado, segue sem ações específicas de recuperação e monitoramento.

O Plano Nacional de Contingência (PNC), acionado no ano passado para articular a resposta do governo federal ao vazamento de óleo no Nordeste, foi desmobilizado no final de março deste ano.

Para as comunidades pesqueiras que dependem do mar, a chegada da pandemia no Nordeste aprofundou os problemas de subsistência que o vazamento de óleo havia causado. No mês passado, representantes de pescadores no Ceará pediram ao Ministério Público do estado por ações de apoio às famílias que tiveram sua renda comprometida pelas restrições econômicas causadas pela pandemia.

 

ClimaInfo, 16 de junho de 2020.

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