Crise climática ameaça futuro do esporte global

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A crise climática ameaça o futuro dos principais eventos esportivos ao redor do mundo, com a intensificação de eventos extremos como ondas de calor, incêndios florestais, enchentes e a elevação do nível do mar.

O alerta foi dado por um novo estudo, publicado pela coalizão Rapid Transition Alliance na semana passada no Reino Unido. O relatório “Playing Against the Clock” oferece a primeira análise dedicada aos impactos da mudança do clima sobre a prática de esportes e aponta também para o fracasso das principais indústrias deste setor em dar mais atenção à questão climática. De acordo com o levantamento, as emissões totalizadas do setor esportivo global equivalem às de um país de médio porte.

O impacto da crise climática no esporte global será grande. Por exemplo, o estudo indica que, nas próximas três décadas, 25% dos estádios que recebem hoje partidas da Premier League, a principal competição britânica de futebol (e um dos eventos esportivos mais valiosos do mundo), estarão sob risco frequente de enchente. Competições de inverno, como os Jogos Olímpicos de Inverno, enfrentarão cada vez mais restrições por causa da temperatura elevada, o que ameaça modalidades de neve, como esqui.

Para os autores do estudo, o setor esportivo pode e deve fazer muito mais para reduzir suas emissões e contribuir com o enfrentamento da crise climática. “Os esportes oferecem os modelos mais influentes de exemplo social. Se eles mudarem a forma como operam na velocidade e na escala necessárias para acabar com a emergência climática, outros [setores] os seguirão”, afirmou Andrew Simms, coordenador da Rapid Transition Alliance.

 

ClimaInfo, 22 de junho de 2020.

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