Estudo associa mudança do clima com intensificação de riscos à gravidez 

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Um estudo inédito mostrou que as mulheres grávidas expostas a temperaturas ou nível de poluição altos têm maior probabilidade de ter filhos prematuros, com baixo peso ou natimortos. A vulnerabilidade social de grupos marginalizados, como negros, que possuem exposição maior a esses riscos e sofrem com falta de acesso a serviços de saúde de qualidade, faz com que a incidência de problemas de gestação associados a esses fatores seja ainda maior.

Publicada na JAMA Network Open, do Journal of American Medical Association, a pesquisa analisou dados de mais de 32 milhões de nascimentos nos EUA e traz as evidências mais abrangentes até agora sobre a relação entre mudança do clima e danos no desenvolvimento de fetos humanos.

De acordo com a análise, temperatura mais altas, com ondas de calor mais frequentes e intensas, estão associadas a partos mais prematuros, com risco aumentado de 8,6% a 21%. Cada aumento de 1oC de temperatura na semana anterior ao parto corresponde a uma probabilidade 6% maior de que o bebê não sobreviva ao parto, especialmente na primavera e no verão.

No que diz respeito à poluição do ar, a pesquisa identificou relação entre níveis mais altos de concentração de poluentes com nascimento prematuros, baixo peso ao nascer e natimortos. Uma exposição prolongada à poluição do ar durante o último trimestre da gravidez foi associada a um aumento de 42% no risco de natimortos.

 

ClimaInfo, 22 de junho de 2020.

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