O país dependerá de gás natural importado para alimentar um eventual “Plano Nacional do Gás”

Plano Nacional do Gás

O “Plano Nacional do Gás” vem sendo vendido como imprescindível para se aproveitar as importantes reservas do fóssil nos campos do pré-sal. Acontece que boa parte deste gás não será explorado porque sai mais barato importar GNL (gás natural liquefeito) do que investir na infraestrutura para o transporte desse gás até a costa e sua passagem pelo necessário processamento para torná-lo utilizável.

No Poder 360, Nivaldo Carboni informa que as usinas termelétricas do Porto de Açu estão prontas para importar gás natural liquefeito e regaseificar o combustível. Outros projetos de térmicas devem seguir o mesmo caminho.

Assim, sem ser aproveitado, parte importante do gás do pré-sal tem sido reinjetado nos poços, para aumentar a produção de petróleo.

O governo federal, especialmente o Ministério da Economia, tem sido refratário aos pedidos de expansão da infraestrutura de gás no Brasil com financiamento estatal. Desde o ano passado, a pasta vem trabalhando no que chama de “novo mercado do gás”, um novo quadro regulatório para o setor com o objetivo de facilitar investimentos privados na construção de gasodutos e baratear o preço final do combustível.

Em tempo 1: As distribuidoras de energia elétrica tiveram um alívio com a contratação de crédito da “Conta COVID”, definida pela Aneel para ajudar as empresas a equilibrarem suas finanças durante a pandemia, já que a demanda por eletricidade caiu bastante por conta da quarentena e do desaquecimento econômico. No entanto, as empresas dizem que ainda existem dúvidas, especialmente sobre as condições do empréstimo. Os consumidores também estão preocupados, já que o modelo definido pelo governo joga os custos dessas operações no colo de quem paga a conta final de energia.

Em tempo 2: A força-tarefa da Lava Jato realizou ontem (25/6) uma nova operação com foco em acusações de fraude na Eletronuclear. De acordo com os promotores, recursos teriam sido desviados da estatal por meio da subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que, por sua vez, distribuíam os valores entre os agentes públicos envolvidos. A Justiça Federal do RJ emitiu 12 mandados de prisão, um deles contra o ex-ministro de Minas e Energia na gestão Lula, Silas Rondeau (2005-7).

 

ClimaInfo, 26 de junho de 2020.

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