A preocupação internacional com os impactos ambientais causados pelas commodities do agronegócio brasileiro tem ganhado manchetes em todo o mundo. No entanto, parte expressiva dos produtos associados a crimes ambientais no país não é consumida no exterior, mas sim no Brasil, onde a preocupação com monitoramento de cadeias produtivas de carne bovina e de soja é menos intensa que na Europa ou nos EUA.
Matéria da Repórter Brasil informa que as principais redes de supermercado do país – Carrefour, Grupo Pão de Açúcar e Grupo Big (ex-Walmart) – seguem tropeçando em seus sistemas de monitoramento dos frigoríficos, criados para impedir a compra de carne bovina originada de áreas desmatadas ilegalmente. De acordo com especialistas, a falta de transparência sobre essas informações aos consumidores reflete a dificuldade que os supermercados continuam tendo para realizar um monitoramento efetivo da origem da carne vendida em suas lojas.
“Chama a atenção como os supermercados no Brasil têm pouquíssima informação pública disponível sobre suas cadeias de fornecimento”, aponta Gustavo Ferroni, da Oxfam Brasil, à Repórter Brasil. “Sobre a cadeia da carne, eles até têm um pouco mais de informação, mas mesmo assim é quase nada. É um compromisso sucinto, um posicionamento genérico sobre cadeia de fornecimento. Eles não falam especificamente como vão cumprir”.
Em tempo: A União Europeia tem interesse em apoiar o uso sustentável dos recursos naturais da Amazônia e a preservação da floresta, destacou o chefe da delegação da UE no Brasil, embaixador Ignácio Ybañez. Em entrevista ao jornal A Crítica, de Manaus, Ybañez elogiou a recriação do Conselho da Amazônia, hoje sob comando do vice-presidente Hamilton Mourão, e reforçou o interesse da UE em apoiar o trabalho dos estados na preservação da Amazônia.
ClimaInfo, 30 de junho de 2020.
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