Garimpo ilegal ameaça áreas protegidas na Amazônia

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Uma verdadeira epidemia de garimpo ilegal em Terras Indígenas. É assim que Rubens Valente descreve no UOL o avanço do garimpo em Terras Indígenas (TI) e Unidades de Conservação (UC) na bacia do rio Xingu, no Pará. Imagens de satélite e de sobrevoos realizados pela Coalizão Xingu+ mostram a proliferação de clareiras no meio da floresta, com pistas de pouso clandestinas que recebem aviões para retirar o ouro ilegalmente explorado.

De abril a maio, 562 hectares foram destruídos pela ação garimpeira na região – tudo isso já com a pandemia afligindo a Amazônia. Os garimpeiros têm sido vetores de contágio por COVID-19 para muitas aldeias indígenas. Somente nos municípios que formam a bacia do Xingu, até o dia 29 de junho, 16,3 mil casos tinham sido confirmados, com 327 óbitos.

A expansão recente do garimpo foi registradas nas TI Kayapó e Baú, dos índios Kayapós, e Apyterewa, dos índios Parakanãs, bem como nas Reservas Extrativistas (RESEX) Riozinho do Anfrísio e do Rio Iriri, no Parque Nacional da Serra do Pardo e na Floresta Nacional (FLONA) Altamira. Em todos os casos, os indígenas denunciam a falta de fiscalização por parte do Ibama e do ICMBio e intimidações pelos invasores, com ameaças de violência.

Em tempo: O Mongabay publicou uma interessante matéria sobre estudo do Instituto Escolhas que faz uma radiografia do aumento do garimpo de ouro na Amazônia em plena pandemia.

 

ClimaInfo, 7 de julho de 2020.

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