Negação da crise climática ganha fôlego no Facebook

7 de julho de 2020

Às voltas com acusações de omissão na divulgação de conteúdo enganoso e de discurso de ódio na internet, o Facebook tem sido um oásis para a proliferação de mentiras e desinformação relacionada à crise climática.

Primeiro, o Facebook permitiu uma brecha em seu sistema de fact-checking que possibilitou a promoção (paga, vale ressaltar) de conteúdo negacionista sob a categoria de “opinião”. Mais recentemente, a rede social impôs restrições a uma das cientistas climáticas mais conhecidas dos EUA. Katharine Hayhoe, pesquisadora da Texas Tech University, foi impedida de promover vídeos informativos relacionados ao clima, sob a justificativa de que eles seriam “políticos”. Para Hayhoe, o Facebook criou “encargos inapropriados” para os cientistas que desejam compartilhar informações objetivas sobre mudança do clima, colocando esse esforço no mesmo nível dos negacionistas, dando a eles condições injustificadas de igualdade na rede social.

Enquanto isso, somente nos últimos anos, a organização negacionista norte-americana Heartland Institute gastou quase US$ 20 mil para promover dezenas de postagens que contestam o conhecimento científico e promovem os combustíveis fósseis.

 

ClimaInfo, 8 de julho de 2020.

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