Os modelos climáticos atuais subestimaram a quantidade de CO2 que será emitida pelo degelo do permafrost em até 14%, de acordo com um estudo publicado na Geophysical Research Letters no mês passado.
Estima-se que existam cerca de 1,5 bilhões de toneladas de carbono congeladas no permafrost ártico, e que de 5 a 15% desse carbono poderá ser emitido como CO2 até o final deste século, o que seria suficiente para aumentar a temperatura média global de 0,3 a 0,4 graus Celsius. No entanto, o novo estudo analisou o impacto do CO2 formado a partir da fotomineralização, quando o carbono do permafrost escapa para lagos e rios do Ártico e é oxidado pela luz ultravioleta. Os pesquisadores descobriram que esse tipo de CO2 pode agregar até 14% a mais nas emissões relacionadas ao degelo do permafrost.
Considerando o calor que o Ártico vem registrando nos últimos meses, essas conclusões trazem ainda mais preocupação sobre o impacto do degelo do permafrost sobre o clima global.
ClimaInfo, 8 de julho de 2020.
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