Reino Unido e Dinamarca constroem conector elétrico submarino mais longo do mundo

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As obras do cabo submarino de energia mais longo do mundo, entre o Reino Unido e a Dinamarca, começaram esta semana. O projeto “Viking Link” deve beneficiar cerca de 1,5 milhão de residências e aumentar a representatividade desta fonte renovável de energia na matriz elétrica dos dois países, reduzindo também o desperdício de energia renovável com a possibilidade de fornecimento mútuo de eletricidade.

O cabo deverá ter 765 km de extensão, desde Lincolnshire, na costa inglesa, até o sul da região da Jutlândia, na Dinamarca. Essa conexão permitirá o compartilhamento de energia entre os dois países, com dinamarqueses oferecendo a eletricidade gerada pelas suas usinas eólicas offshore os britânicos, a energia verde gerada por suas plantas eólicas e solares. As obras estão orçadas em 2 bilhões de euros, sob responsabilidade da alemã Siemens Energy, e devem ser concluídas até 2024.

Business Green, The Guardian e I-News destacaram a notícia.

Em tempo: O investimento eólico offshore global mais do que quadruplicou no 1º semestre de 2020, mesmo com o baque econômico causado pela pandemia. De acordo com relatório da Bloomberg NEF, investidores deram sinal verde a 28 novas fazendas eólicas offshore, no valor total de US$ 35 bilhões, valor quatro vezes mais alto que o desembolsado no mesmo período do ano passado. Esse volume de financiamento mais do que compensou a desaceleração de investimentos em projetos de energia eólica e solar em terra. A maior parte dos novos projetos iniciados neste ano está na Europa e na China.

“A geração eólica offshore está se beneficiando com a redução de 67% dos custos nivelados alcançada desde 2012 e do desempenho das mais recentes turbinas gigantes, mas [os resultados] da primeira metade deste ano também se deve[m] muito à corrida [de empresas de energia] para financiar e construir na China, a fim de aproveitar condições tarifárias favoráveis que expirarão no final de 2021”, explica Tom Harries, analista de energia eólica da Bloomberg NEF.

 

ClimaInfo, 15 de julho de 2020.

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