Sob pressão, governo estuda ampliar ação militar na Amazônia até 2022 

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Sobram pompa e declarações de efeito, mas faltam resultado prático e ação concreta. Este tem sido o padrão das manifestações do governo sobre a Amazônia. E a reunião de ontem (15/7) do Conselho Nacional da Amazônia não foi diferente.

Sobre o combate ao desmatamento, só um anúncio de estudo da possibilidade de extensão do envolvimento das Forças Armadas na região até o final da gestão Bolsonaro.

Mourão já tinha confirmado no começo da semana a extensão da Operação Verde Brasil 2 até novembro. Na coletiva de imprensa de ontem, ele afirmou que Bolsonaro encaminhará ao Congresso um pedido de mais recursos para as operações militares na Amazônia, sem mencionar o valor deste pedido.

Segundo Mourão, para o médio prazo o governo pretende fortalecer os órgãos federais de controle ambiental, com reforço em seus orçamentos e no quadro funcional, até como maneira de desmobilizar as tropas que hoje se dedicam à GLO. Para tanto, ele disse estar discutindo com Paulo Guedes uma forma que permita a realização de concurso público para contratação de novos fiscais.

Matéria do Valor informa que o envolvimento dos militares no combate ao desmatamento, associado à atuação de oficiais em outras pastas, como a da Saúde, está criando um incômodo entre os comandantes militares, que receiam que as Forças Armadas estejam desempenhando um papel demasiadamente central no governo Bolsonaro.

Folha, Estadão, UOL, G1, CNN Brasil, Agência Brasil e Valor Econômico destacaram as falas de Mourão feitas após a reunião do Conselho da Amazônia.

 

ClimaInfo, 16 de julho de 2020.

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