Apesar de proibidas, queimadas são registradas no Mato Grosso pelo Greenpeace

queimadas Mato Grosso

Desde 1º de julho, está proibido o uso de fogo para produção agrícola no Mato Grosso, em um esforço para se conter as queimadas na Amazônia no meio da temporada seca da região. No entanto, o Greenpeace Brasil registrou focos de incêndio florestal em diversos pontos do estado na semana passada, desafiando a lei.

“Incêndios não ocorrem de forma natural na Amazônia. O fogo é ateado por fazendeiros e grileiros para remover a floresta ou quando ela já está derrubada e seca pelo sol, visando aumentar as áreas de pastagem ou agrícola, especulação de terras e grilagem”, explicou Rômulo Batista, do Greenpeace Brasil, citado pelo Estadão. “A prática se tornou ainda mais comum com a falta de fiscalização e desmantelamento dos órgãos ambientais promovido por este governo, pois gera a sensação de certeza da impunidade”.

No exterior, as imagens registradas no MT foram destaque em veículos como o The Guardian e o The Independent.

Em tempo 1: De acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, a Amazônia perdeu 2.544 km2 de suas florestas no 1º semestre de 2020, um aumento de 24% sobre o mesmo período de 2019. Esta é a segunda maior área acumulada desmatada em um semestre desde 2010. O Pará lidera o ranking de desmatamento, com 43% do total de área desmatada na Amazônia Legal, seguido por Amazonas (21%), Mato Grosso (14%), Rondônia (14%), Acre (7%) e Roraima (1%). O Globo destacou as principais informações do levantamento.

Em tempo 2: Vale a pena assistir ao debate promovido pela Globonews sobre desmatamento e o papel da Amazônia na retomada da economia pós-pandemia, que contou com a participação de um trio “peso pesado” de especialistas: os cientistas Ricardo Galvão (ex-diretor do INPE), Tasso Azevedo (coordenador do MapBiomas) e Carlos Nobre (INPE).

 

ClimaInfo, 20 de julho de 2020.

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