ONU: eficiência energética de ar condicionado pode evitar a emissão de bilhões de toneladas de carbono

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O estabelecimento de padrões mais rígidos para aparelhos de ar condicionado pode evitar a emissão de até 460 bilhões de toneladas de CO2 equivalente até 2060. O dado é de um novo relatório publicado na semana passada pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Agência Internacional de Energia (IEA).

De acordo com o relatório, para que isso aconteça, os países precisam regular a redução do uso de gases refrigerantes que contribuem para o aquecimento do planeta, como os hidrofluorcarbonetos (HCFs). Em termos de temperatura, essa redução pode ajudar a diminuir em até 0,4oC o aquecimento até o final do século. Uma estimativa da IEA indica também que dobrar a eficiência dos aparelhos de ar condicionado até 2050 poderia reduzir o consumo de eletricidade em 1,3 mil gigawatts (GW) – o equivalente a toda a capacidade de geração elétrica a carvão da China e da Índia em 2018. O relatório aponta a existência de 3,6 bilhões de aparelhos de refrigeração em uso atualmente, mas esse número pode chegar a 14 bilhões em 2050.

“À medida que os governos lançam pacotes massivos de estímulo econômico para lidar com os impactos econômicos e sociais da crise de COVID-19, têm uma oportunidade única de acelerar o progresso em um resfriamento eficiente e favorável ao clima”, afirmou Fatih Birol, diretor-executivo da IEA. “Os governos precisam cumprir os objetivos ambientais e energéticos. Ao melhorar a eficiência do resfriamento, eles podem reduzir a necessidade de novas usinas de energia, reduzir as emissões e economizar dinheiro dos consumidores”.

Os dados do relatório foram destacados pela Reuters, Gizmodo e Daily Mail.

 

ClimaInfo, 21 de julho de 2020.

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