Os ursos polares, símbolos frequentes da crise climática, podem vir a ser praticamente extintos até o final deste século, como resultado do encolhimento de seu habitat no Ártico. De acordo com estudo publicado nesta semana na Nature, quase todas as 19 subpopulações de ursos polares, desde o mar de Beaufort, no Alasca, até o Ártico na Sibéria, seriam eliminadas porque a perda da chamada banquisa (água do mar congelada) forçaria os animais a ficar em terra firme, afastando-os de suas fontes de alimento no mar por períodos prolongados. O jejum prolongado e a amamentação reduzida dos filhotes pelas mães resultariam no declínio rápido da espécie ao longo das próximas décadas.
Se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, “o declínio na reprodução e sobrevivência comprometerá a resistência de quase todas as subpopulações até 2100”, dizem os pesquisadores.
Estadão, Folha e G1 destacaram os resultados do estudo na imprensa brasileira. Já no exterior, The Guardian, BBC e Inside Climate News abordaram seus principais pontos.
ClimaInfo, 22 de julho de 2020.
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