Pantanal sofre a maior quantidade de queimadas desde 1998

Pantanal

O Pantanal sul-matogrossense registrou mais de 3,4 mil focos de incêndios florestais de janeiro até 3ª feira (21/7), o maior número já mapeado pelo INPE para o período desde 1998, quando o monitoramento começou a ser realizado. N’O Globo, Renato Grandelle informa que um grupo de ONGs do Brasil, da Bolívia e do Paraguai se mobiliza para pressionar as autoridades destes países para o combate ao fogo.

De acordo com o G1, o número de focos de incêndio registrados nos últimos seis meses já supera o total contabilizado no bioma em todo o ano de 2018. A cidade de Corumbá, na fronteira com a Bolívia, é a recordista em queimadas no Brasil e já sofre com os efeitos da fumaça em sua área urbana.

Segundo especialistas, o fogo faz parte da dinâmica natural do Pantanal, especialmente em temporadas secas como a que vive hoje – e que deve se estender ao menos até outubro, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil. No entanto, o alto volume registrado nas últimas semanas aponta para fatores exógenos, como a realização criminosa de queimadas para desmatamento e “limpeza” de pastagens.

Em tempo: Em Rio Branco (AC), o último final de semana foi marcado por fumaça e incêndios. O G1 e a Rede Amazônica reportaram que, entre 6ª feira (17/7) e domingo (19/7), 154 queimadas foram registradas somente na capital acreana, sendo 77 apenas no domingo. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, o número de ocorrências neste final de semana foi 10 vezes maior que o registrado no mesmo período no ano passado. Já no Amazonas foi registrado um aumento de mais de 51% nas queimadas durante o 1º semestre de 2020, chegando ao maior número em quatro anos: 496 focos de incêndio.

 

ClimaInfo, 23 de julho de 2020.

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