Câmara dos Deputados quer avançar na pauta ambiental

empresários Rodrigo Maia

Um grupo de empresários se reuniu virtualmente ontem (28/7) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para pressionar os parlamentares em favor de projetos que melhorem a proteção ambiental e promovam o desenvolvimento sustentável. Entre os participantes, estavam executivos de bancos como Itaú-Unibanco e Santander, de empresas privadas brasileiras e multinacionais, e de entidades representativas do setor privado, como ABIOVE, Abag e CEBDS. Pelo lado da Câmara, participaram também os deputados Rodrigo Agostinho, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, e Zé Silva, autor do PL 2.633 sobre regularização fundiária.

Os representantes do setor privado pediram aos parlamentares que avancem nas discussões sobre um dispositivo sustentável para novas linhas de crédito, e que apoiem a construção e a implementação de políticas de rastreabilidade de produtos.

Na conversa, Maia se comprometeu com a criação de um grupo de trabalho para acompanhar e incentivar pautas ambientais na Câmara. A ideia do presidente da Casa é construir uma agenda comum, que reúna os projetos prioritários para o meio ambiente, que seja impulsionada nas comissões e no plenário ao longo deste semestre.

“Quando o governo não faz a sua parte, o Congresso acaba ficando com o protagonismo em alguns temas. Na questão ambiental, a ideia é construir uma agenda propositiva, que possa colocar em votação. Trabalhar do ponto de vista consensual”, disse Agostinho para o site O Antagonista.

BR Político, Estadão, Exame, G1, Poder360, Reuters e Valor deram destaque à reunião e aos seus resultados.

Em tempo: No Poder360, Maurício Ferro informou que servidores do Ibama receberam com desconforto o edital lançado no dia 14/7 pela diretoria de proteção ambiental do órgão, convocando todos os 552 funcionários que já passaram pela atividade de fiscalização para ir a campo na Amazônia, desconsiderando idade, fatores de risco para COVID-19 ou função atual do servidor. O número requisitado representa cerca de ¼ do quadro funcional do Ibama. Servidores dizem que boa parte dos funcionários convocados faz parte de grupos de risco para o novo coronavírus. Além disso, a obrigatoriedade de atuar na Amazônia resultará também na retirada de fiscais de outros biomas.

 

ClimaInfo, 29 de julho de 2020.

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