24 ativistas ambientais brasileiros foram assassinados em 2019

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No ano passado, 212 defensores da terra e do meio ambiente foram assassinados, o maior número já registrado em todo o mundo. O Brasil já foi o local mais perigoso para quem luta para proteger seus lares e a natureza. No ano passado, 24 pessoas foram mortas por aqui, enquanto na Colômbia foram 64 assassinatos e 43 nas Filipinas. Segundo o relatório anual da Global Witness, as mortes estão relacionadas com o enfrentamento de atividades de mineração, de exploração de petróleo e do agronegócio. Segundo Rachel Cox, da Global Witness, “muitos dos piores abusos ambientais e de Direitos Humanos do mundo são motivados pela exploração dos recursos naturais e pela corrupção no sistema político e econômico global. Os defensores da terra e do meio ambiente são as pessoas que tomam uma posição contra isso. Se realmente queremos fazer planos para uma recuperação verde que coloque a segurança, a saúde e o bem-estar das pessoas em seu coração, devemos atacar as causas fundamentais dos ataques contra os defensores, e seguir sua liderança na proteção do meio ambiente e no freio da ruptura climática”.

Daniela Chiaretti informa no Valor que “do total de pessoas mortas no Brasil, dez eram indígenas, nove pequenos agricultores, dois familiares de ativistas, um servidor público e duas pessoas que não estavam nestas classificações. A maioria das mortes aconteceu no Pará (7), no Amazonas (5), no Maranhão (4) e no Mato Grosso (2).” Patrick Greenfield e Jonathan Watts, destacaram no The Guardian que, no Brasil, Comunidades Indígenas estão ameaçadas de extinção pela COVID-19 e acusaram o presidente Bolsonaro de se aproveitar da pandemia para eliminar estes Povos.

 

ClimaInfo, 30 de julho de 2020.

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