A “sinuca-de-bico” da aviação civil pós-pandemia

30 de julho de 2020

Poucos setores econômicos sentiram o baque da pandemia tão fortemente como o da aviação civil. A incerteza quanto ao futuro pós-COVID e a pressão sobre o setor por conta de seu alto volume de emissões de carbono colocam a indústria inteira contra a parede: como sobreviver em um cenário tão complexo?

Em sua série sobre perspectivas futuras, a BBC News explorou como a pandemia pode mudar completamente a experiência de voo, especialmente por conta da necessidade de distanciamento – o que pode afetar uma indústria que se popularizou nas últimas décadas ao baratear o transporte em classe turística para lotar seus aviões. Em última análise, isso sugere que dificilmente teremos o mesmo volume de viagens do passado no pós-pandemia.

Além disso, o movimento do flight shaming, que defende uma redução acentuada nas viagens aéreas por conta de sua pegada de carbono, foi revitalizado pela pandemia. Para muitos, a popularização das videoconferências torna inútil viagens executivas de poucos dias – que representam parte substancial da renda das companhias aéreas.

Para a Economist, a crise da pandemia é a grande chance para o setor aéreo buscar um caminho viável para sobreviver em um contexto de restrições físicas e climáticas. No entanto, a flexibilização do mecanismo CORSIA, anunciada no mês passado, mostra que as empresas continuam resistindo a esse movimento – e ignorando a realidade.

 

ClimaInfo, 31 de julho de 2020.

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