Os dados de desmatamento do DETER/INPE que vão até meados de julho indicam que o desmatamento deste ano – no período que vai de agosto a julho – será pelo menos 20% maior do que o detectado no ano passado, devendo passar de 12.000 km2. O total de julho talvez fique um pouco abaixo do detectado neste mês do ano passado, mesmo porque este último foi o maior valor mensal registrado pelo DETER desde 2015, quando começou uma nova série de registros.
A ex-coordenadora dos sistemas de monitoramento do INPE, Lúbia Vinhas, disse à Folha que o “dado (de desmatamento) não vai ser bonitinho e ele vai aparecer”. Ela fez questão de reforçar a posição técnica e não política do pessoal do monitoramento: “Acho que uma das coisas difíceis da gente no INPE engolir é essa narrativa de ‘ah, o dado é ruim para o Brasil e vocês estão divulgando ele na imprensa. Por que não avisa o governo?’”, e continuou, “me dói um pouco essa narrativa de que estamos jogando contra o governo, dando uma informação para atrapalhar o governo, enquanto que a única coisa que a gente faz é ser transparente para que tenhamos credibilidade”.
ClimaInfo, 30 de julho de 2020.
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