Mourão diz querer diálogo, enquanto governo exclui sociedade da CONAVEG, comissão para o controle do desmatamento

CONAVEG

Como comentamos ontem, aparentemente o general vice-presidente pretende “ampliar” o diálogo – hoje, praticamente inexistente – com organizações da sociedade civil. Mas, na contramão da pretensão, o governo federal oficializou ontem (3/8) a redução da participação da sociedade civil na Comissão Executiva para Controle do Desmatamento Ilegal e Recuperação da Vegetação Nativa (CONAVEG).

Segundo o Painel da Folha, até 2019 essa comissão reservava assento a dois representantes titulares da sociedade civil e dois suplentes, além de representantes das secretarias estaduais e municipais de meio ambiente. A CONAVEG terá agora apenas representantes do governo federal, sendo que outras entidades somente poderão participar de reuniões específicas, a convite e sem direito a voto.

Segundo O Globo, auxiliares de Mourão estão tentando uma missão impossível, encontrar algum recorte positivo nos dados sobre desmatamento e queimadas do INPE. Sem notícias boas para divulgar, Mourão se limita a repetir seus lamentos e promessas; em entrevista à Rádio Nacional, renovou sua confiança quanto às ações militares na região serem capazes de reverter o quadro de desmatamento e queimadas no médio prazo.

Em tempo: Davi Alcolumbre acenou com aprovação em breve de um crédito suplementar de R$ 410 milhões para a GLO de Mourão. Como lembra o Valor, até agora a missão consumiu somente R$ 8,6 milhões de valores remanejados do orçamento do Ministério da Defesa, o qual, até agora, não recebeu os recursos prometidos pelo decreto que instituiu a GLO em maio.

 

ClimaInfo, 4 de agosto de 2020.

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