Pantanal vive sua pior tragédia ambiental em décadas

5 de agosto de 2020

O mês de julho foi seco e devastador para o Pantanal. De acordo com dados do Programa Queimadas, do INPE, os incêndios no bioma cresceram 241% no mês passado em relação ao mesmo período de 2019 – de 494 focos de queimada para 1.684.

Na Folha, Phillippe Watanabe ressalta que as queimadas cresceram no Pantanal em julho, mesmo com a vigência do decreto presidencial que proibiu a prática em todo o país por 120 dias. A região ainda deve enfrentar mais alguns meses de período mais seco, o que contribui para o surgimento de novos focos de queimadas.

A temporada 2020 já é a mais seca desde o final dos anos 1990. Em junho, o nível das águas do rio Paraguai, principal formador do Pantanal, chegou a 2,1 metros, a menor marca dos últimos 47 anos – exatamente em um mês que deveria ter o maior volume de água. Com menos água, a área inundada diminuiu, deixando uma proporção seca maior e, na temporada seca, mais suscetível a se incendiar.

A BBC News Brasil fez um raio-X da situação, destacando como o desmatamento e o avanço do agronegócio na região estão contribuindo para potencializar a devastação causada pela seca no Pantanal. A matéria fala também do impacto do desmatamento na Amazônia, que diminui a capacidade dos chamados “rios voadores” de levar umidade da floresta para o centro e o sul do continente, o que resulta em menos chuvas.

 

ClimaInfo, 6 de agosto de 2020.

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