Em matéria de clima, a divisão da indústria do petróleo entre as europeias e as norte-americanas já era uma realidade antes da pandemia. Enquanto as empresas europeias propuseram planos de descarbonização e inversão de investimento de ativos fósseis para fontes renováveis, suas colegas dos EUA conservam silêncio sepulcral sobre o assunto e ignoram a pressão de investidores e do mercado.
A Axios mostra que essa divisão foi aprofundada depois da COVID-19, com empresas como BP, Shell e Total anunciando cortes abrangentes no valor de seus ativos associados ao petróleo, por conta da perspectiva de baixo retorno financeiro no futuro, e reforçando metas e compromissos de baixo carbono. Em compensação, Chevron e Exxon Mobil não se manifestaram no mesmo sentido.
A explicação para isso pode estar nos incentivos divergentes que União Europeia e EUA estão dando neste momento: enquanto Bruxelas anuncia um plano de retomada econômica baseado em incentivos verdes, Washington segue a política negacionista de Trump.
ClimaInfo, 11 de agosto de 2020.
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