Pesquisa aponta que Ártico pode se descongelar completamente até 2035

degelo Ártico

Um novo estudo publicado nesta semana na revista Nature Climate Change prevê que o Ártico pode ficar livre de gelo marinho em até 15 anos. Liderado pela agência meteorológica do Reino Unido, a Met Office, a pesquisa comparou as condições de gelo no Oceano Ártico no último período interglacial com os dias atuais e concluiu que o impacto do sol intenso da primavera criou lagos de derretimento sobre as calotas, o que intensificou o derretimento do gelo marinho. Aplicando essas condições em uma projeção futura, o estudo concluiu que a região pode deixar de apresentar gelo em 2035.

“A perspectiva da perda de gelo marinho em 2035 deve estar em nossas mentes a partir de agora, para que possamos concentrar nossas energias em alcançar um mundo de baixo carbono o quanto antes possível”, disse Louise Sime, coautora principal do estudo.

Galileu e o Neomondo repercutiram os resultados desse estudo.

Em tempo: As plataformas de gelo flutuante da Antártida perderam quase 4 mil gigatoneladas de água desde 1994 em decorrência do aumento do calor no oceano – um volume que seria capaz de encher o Grand Canyon, nos EUA. De acordo com um novo estudo conduzido por cientistas norte-americanos, a elevação da temperatura no Oceano Antártico é um fator importante para o degelo geral do continente. Isso porque, como o jornal The Independent destacou, a perda das plataformas expõe as camadas de gelo acumuladas em terra, que deslizam para o mar com mais facilidade.

 

ClimaInfo, 12 de agosto de 2020.

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