Os incentivos anunciados pela União Europeia em apoio à expansão da eletrificação na frota de automóveis do bloco estão motivando diversos fabricantes de baterias a reforçar seus investimentos na região para tentar fazer frente às companhias asiáticas que dominam o mercado mundial.
De acordo com a Reuters, as empresas europeias querem aproveitar os benefícios oferecidos pela UE para se posicionar internacionalmente com a produção em grande escala e competir com concorrentes de China, Japão e Coreia do Sul, ou para se concentrar em nichos de mercado e novas tecnologias para fornecer às montadoras europeias. Hoje, a China concentra 80% da produção mundial de células de íon-lítio. O país também é o principal fornecedor de projetos europeus de eletrificação previstos para os próximos cinco anos. A esperança dos fabricantes europeus é que, com os incentivos da UE, parte desses projetos possa ser atendida por fornecedores locais.
Em tempo: A eletrificação da aviação civil é tida como um caminho potencial para “limpar” a operação comercial do setor. No entanto, dificuldades tecnológicas e práticas ainda mantêm distante o sonho de um avião elétrico. Mas alguns passos começam a ser dados nesse sentido: em junho, uma aeronave de pequeno porte tornou-se o primeiro avião comercial com emissão zero a voar na Europa, abastecido por eletricidade. O voo teste do Piper Malibu Mirage percorreu pouco mais de 30 quilômetros, mas o fabricante do modelo, o empreendedor Val Miftakhov, espera que esse feito seja apenas o 1º no desenvolvimento de uma tecnologia que possa descarbonizar totalmente a aviação civil. O The Washington Post conversou com Miftakhov, que detalhou o projeto e seus objetivos.
ClimaInfo, 14 de agosto de 2020.
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