Na reunião entre empresários e governadores da Amazônia Legal realizada na 4ª feira (12/8), os representantes da iniciativa privada deixaram claro que já sentem na pele – e no bolso – os efeitos da má fama internacional do Brasil, causada pela intensificação do desmatamento e das queimadas.
No Valor, Andrea Jubé e Daniela Chiaretti comentaram o tom da conversa e as demandas feitas pelos empresários aos governos estaduais da região. Eles reforçaram que o investimento estará cada vez mais condicionado à transparência sobre a situação ambiental da Amazônia e ao combate contra a ilegalidade. Entre as demandas apresentadas, estão a aceleração da validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ações de combate ao crime organizado ligado à grilagem de terras e ao desmatamento ilegal.
Citado pela matéria, o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que a “convergência das agendas” entre empresários e mandatários chamou a atenção, já que ambos querem proteger o meio ambiente, ao mesmo tempo em que atuam para garantir condições propícias para a geração de empregos e renda. “Ficou claro que eles [empresários] não concordam com o vale-tudo no meio ambiente”, disse Dino.
Em tempo: Um grupo de entidades empresariais lançou nesta semana um guia para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, com 10 princípios que permitiriam a promoção de novos negócios na região sem causar impactos negativos sobre o meio ambiente. A iniciativa reúne Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; CEBDS; Instituto Arapyaú; Instituto Ethos; Rede Brasil do Pacto Global da ONU; e o Sistema B. O guia sugere indicadores para que as empresas possam acompanhar e analisar seu desempenho e o progresso de ações relacionadas a esses princípios na Amazônia. A Exame deu mais detalhes sobre a iniciativa.
ClimaInfo, 14 de agosto de 2020.
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