Trump anuncia plano para exploração de petróleo em refúgio natural no Alasca

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A Casa Branca apresentou ontem (17/8) um programa de arrendamento das explorações de petróleo e gás natural em uma das áreas naturais mais vastas e delicadas dos EUA – o Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Alasca.

De acordo com o secretário de energia, David Bernhardt, o programa disponibilizará uma área de mais de 607 mil hectares para perfuração. O governo Trump defendeu a medida, afirmando que ela garante a “independência energética” dos EUA e que foi “cuidadosamente adaptada” para minimizar os impactos ambientais da exploração de petróleo.

Para o jornal The Washington Post, esta é a decisão mais significativa em matéria de política energética da gestão de Trump neste mandato. A matéria cita também o potencial que o empreendimento pode ter em termos climáticos, com a liberação de mais de 4,3 bilhões de toneladas métricas de CO2 ao longo de sua operação – o equivalente a 75% das emissões anuais dos EUA.

Grupos ambientalistas e indígenas já anunciaram que contestarão o projeto na Justiça. Para o The New York Times, o diretor executivo da Alaska Wilderness League, Adam Kolton, disse que “qualquer empresa de petróleo que perfure o refúgio enfrentará enormes riscos reputacionais, legais e financeiros”.

Em tempo: O governo Trump revogou na semana passada as regras impostas pelo seu antecessor, Barack Obama, às emissões de metano decorrentes de operações de petróleo e gás. A medida, definida em 2016, impunha limites de emissão às companhias responsáveis, sob o risco de penalização por multas e tarifas. À época, empresas como ExxonMobil, BP e Shell apoiaram a regulação, mas operadores de menor porte criticavam as restrições, argumentando que elas eram “caras” para o setor.

 

ClimaInfo, 18 de agosto de 2020.

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