Califórnia declara estado de emergência por causa do calor extremo

Califórnia incêndios

O governo da Califórnia (EUA) declarou estado de emergência na 3ª feira (17/8) em decorrência dos incêndios florestais e da forte onda de calor que assola o oeste dos EUA nas últimas semanas.

De acordo com a NBC News, o estado registra pelo menos 27 focos de incêndio, alguns causados por raios decorrentes de uma rara tempestade de verão que caiu no domingo. Na costa norte da Califórnia, as autoridades locais pediram a evacuação de milhares de pessoas, por causa do risco de avanço das chamas sobre residências e bairros.

Outro problema, destacado aqui nesta semana, é a instabilidade no fornecimento de eletricidade no estado, resultado do aumento da demanda elétrica causada pelo calor intenso, com o uso prolongado de ar-condicionados. A Califórnia conseguiu evitar que o fornecimento fosse interrompido nos últimos dias, mas a operadora da rede elétrica informou que a situação ainda é arriscada e pediu aos clientes que reduzam seu consumo àquilo necessário.

A Bloomberg Green abordou um aspecto curioso evidenciado pelas atuais queimadas: muitos moradores estão recorrendo a produtos sem comprovação científica para tentar proteger suas casas caso o fogo avance. Mansões estão sendo revestidas com um spray ao custo de algumas dezenas de milhares de dólares com a promessa de que elas estarão protegidas de qualquer ameaça incendiária. No entanto, promotores do estado já entraram na justiça acusando a fabricante de “propaganda enganosa”.

Em tempo: As principais montadoras dos EUA firmaram um acordo com o governo da Califórnia para reduzir as emissões de poluentes e gases de efeito estufa de veículos fabricados no estado. Pelo acordo, as fabricantes se comprometem a aumentar a eficiência em 1,5% por ano até 2026 em novos veículos, além de incentivar a fabricação de modelos elétricos. A Reuters destacou que o entendimento entre Califórnia e montadoras contraria a posição do governo Trump, que contesta essas restrições a níveis de poluente e que descartou regras nacionais similares definidas pelo seu antecessor, Barack Obama.

 

ClimaInfo, 20 de agosto de 2020.

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