Hoje, 20 de agosto, as greves estudantis pelo clima completam dois anos. Encabeçadas inicialmente por uma jovem estudante sueca, com um cartaz simples, hoje elas se expandiram e mobilizam jovens ao redor do mundo, todos com o mesmo pedido: ação climática já!
O problema é que os adultos ainda não conseguiram entender – ou não querem entender – a demanda. “Quando se trata de ação, ainda estamos em um estado de negação. A crise climática e ecológica nunca foi tratada como uma crise. A lacuna entre o que precisamos fazer e o que realmente está sendo feito está aumentando a cada minuto. Efetivamente, perdemos dois anos cruciais para a inação política”, escreveram as ativistas Greta Thunberg, Luisa Neubauer, Anna De Wever e Adélaide Charlier em artigo no The Guardian refletindo sobre essa jornada e os desafios para o futuro.
“Entendemos que o mundo é complicado e que o que pedimos pode não ser fácil ou parecer irreal. Mas é muito mais irrealista acreditar que nossas sociedades sejam capazes de sobreviver ao aquecimento global para o qual estamos caminhando – bem como a outras consequências ecológicas desastrosas do business as usual”.
Para elas, a única maneira de a humanidade ter uma chance para evitar o pior é tratar a crise climática como uma crise efetiva, com ações imediatas e orientadas para reduzir acentuadamente as emissões de carbono de agora em diante. “Ainda temos o futuro em nossas mãos. Mas o tempo está escapando rapidamente por entre nossos dedos”.
Em tempo: Empresas fósseis não poderão patrocinar a COP26. Para levantar os US$ 330 milhões necessários para sua realização, a presidência britânica do evento está procurando empresas que “estejam fazendo contribuições reais para o combate às mudanças climáticas”.
ClimaInfo, 20 de agosto de 2020.
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