Na 6ª feira (21/8), o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, confirmou as “sérias dúvidas” da chanceler Angela sobre a assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, ressaltando que Berlim observa “com grande preocupação” a escalada do desmatamento e das queimadas na Amazônia: “Nesse sentido, surgem sérias dúvidas sobre se, no momento, uma implementação do acordo pode ser garantida dentro do espírito pretendido. Vemos isso com ceticismo”.
Um dia antes, a ativista Luisa Neubauer, quem participou de uma reunião com Merkel, Greta Thunberg e outros jovens, afirmou que a chanceler teria prometido não assinar o acordo com o Mercosul em sua forma atual. O governo alemão não confirmou esta informação em particular.
A Climate Action Network Europe (CAN Europa) comemorou o anúncio do governo alemão: “O acordo Mercosul-UE alimentaria a destruição da Amazônia. Questionar a ratificação do acordo [nessas circunstâncias] é o 1º passo na direção certa”, comentou Cornelia Maarfield; “Merkel e outros líderes europeus deveriam colocar o atual acordo de lado e renegociá-lo com base em um mandato que reflita a emergência climática, bem como a necessidade de salvar a Floresta Amazônica e seus Povos”.
Deutsche Welle, Folha, Poder360, UOL e Valor falaram das declarações do governo alemão.
ClimaInfo, 24 de agosto de 2020.
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