INPE e Ibama: o drama do meio ambiente e da ciência sob Bolsonaro

27 de agosto de 2020

Nos anos 2000, a cooperação entre INPE e Ibama foi um dos pilares do combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, o qual resultou em uma queda sem precedentes no ritmo de destruição da floresta até meados de 2012. A partir dos dados oferecidos pelos sistemas de monitoramento via satélite do INPE, o Ibama realizou ações in loco mais efetivas e que foram capazes de conter o desmatamento por quase uma década.

Por isso, como bem lembrou Claudio Angelo no Direto da Ciência, não é à toa que as duas instituições estejam sendo vítimas do processo de desmantelamento promovido pelo governo Bolsonaro para se enfraquecer o combate ao desmatamento e facilitar a exploração agressiva dos recursos naturais da Amazônia.

A receita do desastre é a mesma nos dois casos. “O primeiro passo é a difamação do órgão que se quer desmontar. Em geral chama-se de ‘ideológico’, ‘antro de comunistas’, ‘inimigo do Brasil’. Quando essa mensagem é fixada na milícia digital, passa-se à fase seguinte, a da troca de comando por um cumpridor de ordens do regime, seguida de mudanças na burocracia que desmobilizam os servidores, corte orçamentário e por fim entrega das atribuições da instituição vítima às Forças Armadas”, descreveu Angelo.

 

ClimaInfo, 27 de agosto de 2020.

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