Uma análise global feita por pesquisadores dos EUA e do Reino Unido revelou que as espécies de árvore de crescimento rápido estão tendo uma vida útil mais curta em virtude do aquecimento do planeta. Esse dado traz preocupação, já que ele mostra que essas árvores não estão sendo capazes de absorver a mesma quantidade de carbono de décadas anteriores. O estudo foi publicado na 3ª feira (8/9), na Nature Communications.
Até agora, especulava-se que a maior disponibilidade de CO2 na atmosfera, decorrente das emissões de gases de efeito estufa pela ação humana, estimularia o crescimento dessas espécies, permitindo que elas absorvessem mais carbono. No entanto, o estudo contesta essa hipótese, ao apontar dados que sustentam que o crescimento acelerado observado nas últimas décadas está diminuindo a expectativa de vida das árvores.
Os autores sugerem que essa compensação de crescimento rápido com vida útil mais curta pode se dar pelo aumento das chances que essas árvores têm de morrer ao atingir seu tamanho máximo potencial. “Nossas descobertas, muito parecidas com a história da tartaruga e da lebre, indicam que há características nas árvores de crescimento mais rápido que as tornam vulneráveis, enquanto as árvores de crescimento mais lento têm características que permitem que elas persistam”, explica Steve Voelker, um dos coautores do estudo.
Daily Mail, The Conversation e The Guardian destacaram as conclusões do estudo.
ClimaInfo, 10 de setembro 2020.
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