Banco Central lança agenda de sustentabilidade

Banco Central

Na 3ª feira (8/9), o Banco Central do Brasil (BCB) lançou um conjunto de ações de responsabilidade socioambiental, em mais um esforço do governo federal para aplacar a pressão de investidores e empresas no Brasil e no exterior por incentivos que favoreçam negócios sustentáveis no mercado brasileiro.

A chamada Agenda BC# prevê desde ações mais imediatas, como a incorporação de cenários de riscos climáticos em testes de estresse do BCB, como medidas de longo prazo, como exigências regulatórias para instituições financeiras, estipuladas para sair do papel apenas em 2022. A direção do BCB anunciou também a criação de uma linha financeira de liquidez sustentável e a inclusão de critérios de sustentabilidade para a seleção de contrapartes na gestão das reservas internacionais da instituição e para a seleção de investimento.

Para o presidente do BCB, Roberto Campos Neto, esse plano coloca o Brasil “muito na fronteira” em relação a finanças sustentáveis em comparação com outros países. “A gente está pensando em como evoluir essa agenda e mostrar para o investidor que o Banco Central se preocupa com isso; está relacionado à nossa missão, mas também está relacionado a uma política de sustentabilidade maior, que faz parte do desenvolvimento do país”, disse.

Agência Brasil, Correio Braziliense, Globo Rural e Reuters destacaram os principais pontos do plano de sustentabilidade do BCB.

Em tempo: O mercado financeiro é chave para pressionar empresas a adotar políticas socioambientais mais efetivas. Por isso, o Instituto Igarapé produziu um estudo que recomenda a bancos e fundos de investimento que condicionem as operações financeiras, como empréstimos e aporte de recursos, à verificação das cadeias produtivas. Isso seria uma opção eficaz para forçar as empresas produtoras de commodities a observar padrões de sustentabilidade e proteção ambiental, principalmente na Amazônia. O Valor ouviu a diretora-executiva do Igarapé, Ilona Szabó, que detalhou algumas das recomendações feitas pelo relatório.

 

ClimaInfo, 10 de setembro 2020.

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