Não deu nem pro cheiro. Seis meses depois da pandemia paralisar boa parte do planeta, as emissões de gases de efeito estufa retornaram aos níveis observados antes da proliferação do novo coronavírus, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU.
Assim, o mundo segue em uma trajetória de crescimento constante das emissões ano após ano, o que reduz cada vez mais a janela de oportunidade para que os países consigam conter o aquecimento global e as piores consequências da mudança do clima.
O relatório reuniu os dados científicos mais recentes relativo à crise climática, com o objetivo de analisar a evolução do processo de aquecimento. Neste ano, a OMM também avaliou de que maneira a pandemia impactou nessa evolução, inclusive em termos de monitoramento. De acordo com a publicação, a queda nas emissões causada pela quarentena aplicada em diversos países terá um efeito ligeiro nas concentrações atmosféricas de CO2. Neste ano, as emissões devem cair cerca de 4% a 7% com relação a 2019. No auge global da pandemia, em abril, as emissões chegaram a cair 17%, o menor volume para o mesmo período desde 2006. Porém, em junho, as emissões caíram apenas 5% em comparação com o mesmo mês no ano passado, o que mostra que a reativação da economia pós-pandemia causou um aumento substancial nas emissões.
Associated Press, BBC News, Bloomberg e Reuters, entre outros, repercutiram as principais conclusões deste relatório.
ClimaInfo, 10 de setembro 2020.
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