Um relatório encomendado por uma comissão de reguladores financeiros do governo dos EUA concluiu que as mudanças do clima ameaçam o mercado financeiro à medida que os custos de incêndios florestais, tempestades, secas e inundações se espalham pela indústria de seguros e hipotecas, fundos de pensão e outros atores.
“Um mundo devastado por choques frequentes e devastadores da mudança do clima não pode sustentar as condições fundamentais de apoio ao nosso sistema financeiro”, apontou o relatório. A Commodity Futures Trading Commission (CFTC), responsável pelo texto, reuniu um grupo de 34 cientistas de finanças, indústria, políticas públicas e meio ambiente para analisar a vulnerabilidade do setor financeiro norte-americano à crise climática.
Uma das recomendações do documento é que os reguladores passem a cobrar das empresas a divulgação de seus riscos climáticos, com relatórios de riscos materiais decorrentes da exposição delas a eventos climáticos extremos. Outra recomendação é que o Congresso dos EUA avance em torno de algum mecanismo que precifique as emissões de carbono. Essas afirmações contrastam tremendamente com o discurso da atual administração, sob comando de Donald Trump, que menospreza o risco da crise climática.
Grist, Reuters, Scientific American e The New York Times repercutiram esse relatório.
ClimaInfo, 14 de setembro 2020.
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