Quem cobra o fim da destruição, o faz por amor à natureza e ao Brasil

15 de setembro de 2020

A estratégia do governo Bolsonaro de contestação das críticas internacionais pela destruição da Amazônia parte de que estas são uma reação protecionista da Europa e dos EUA, temerosos quanto à competitividade do agronegócio brasileiro no exterior. O argumento é confortável para o governo, mas nega a realidade dos fatos e o contexto no qual as cobranças acontecem.

Para Assis Moreira, do Valor, para além do protecionismo, as críticas europeias à devastação devem ser entendidas dentro de um movimento maior da União Europeia, simbolizado pelo “Green Deal”, e às medidas de recuperação econômica verde recentemente anunciadas: “Quando a Alemanha, principal beneficiária do acordo UE-Mercosul, começa a mostrar reticências à aprovação do tratado, é sinal de que a situação realmente é preocupante.”

Mariana Ferrari e o editor da Istoé, Antonio Carlos Prado, mostram que as cobranças acontecem quando até setores distantes do debate ambiental no Brasil, como bancos, manifestam preocupação crescente com o tema, e dizem com muita propriedade que “não é por desamor ao Brasil que surge essa resistência, ao contrário, é por verdadeiro patriotismo que banqueiros, empresários e ONGs se organizam. É por amor ao país, diferenciando a Nação em relação a um governo que despreza até o sentido de nacionalidade”.

 

ClimaInfo, 16 de setembro 2020.

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