Em meio à escalada das críticas europeias à situação ambiental no Brasil, que ameaça inviabilizar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, o governo federal lançou mão de um argumento no mínimo curioso para tentar comover os parceiros do outro lado do Atlântico.
Em nota, os ministérios de relações exteriores e da agricultura afirmaram que a não entrada em vigor do acordo pode representar um “desincentivo aos esforços do país para fortalecer ainda mais sua legislação ambiental”. Como bem assinalou o G1, o texto não explica quais são os problemas ambientais que seriam agravados, nem como isso se daria, nem como isso resultaria diretamente da não-aprovação do acordo pelos europeus.
Já o ministro-general Heleno, que vem despontando como porta-voz da ala conspiracionista do governo federal, defendeu que o Brasil pode retaliar países que eventualmente apliquem medidas restritivas a produtos brasileiros em decorrência do desmatamento e das queimadas no país. O Globo e Reuters destacaram as ameaças do general.
ClimaInfo, 23 de setembro 2020.
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