Com cortes no orçamento, militares desistem de satélite polêmico para a Amazônia

23 de setembro de 2020

O ministério da defesa foi forçado a abandonar, ao menos momentaneamente, seus planos para comprar um novo sistema de monitoramento via satélite para a Amazônia, que tinha custo total estimado em mais de R$ 575 milhões. A Folha informou que a decisão foi tomada após o ministério da economia ter requisitado o contingenciamento de R$ 430 milhões do orçamento da pasta da defesa em 2020. Com o corte, a aquisição do 1º satélite desse novo sistema, que custaria R$ 145 milhões, foi suspensa.

Essa operação vinha sendo questionada por especialistas, já que a tecnologia que estaria sendo contratada pelos militares não ofereceria vantagem significativa em comparação com os sistemas de monitoramento que já existem e são operados pelo INPE. Gilberto Câmara, ex-diretor do instituto, apontou que essa proposta teria como objetivo esvaziar o INPE e deixar o monitoramento do desmatamento da Amazônia nas mãos dos militares, como vem sendo sugerido por Mourão nas últimas semanas. “É uma questão de formação. Eu não entendo de tanques e o general Mourão não entende de satélites”, afirmou Câmara para O Globo, contestando a proposta do governo.

Poder360 também repercutiu a suspensão da compra do satélite pelo governo. Já o UOL destacou trechos da entrevista de Câmara.

 

ClimaInfo, 24 de setembro 2020.

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