Suprema Corte mais conservadora pode afetar a ação climática nos EUA

Ruth Bader Ginsburg

A morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, um dos nomes mais importantes da Suprema Corte nos EUA, pode ter repercussões profundas no enfrentamento à crise climática no país. Isso porque Donald Trump terá a oportunidade de pavimentar uma maioria conservadora na mais alta corte norte-americana.

Scientific American e The New York Times abordaram alguns aspectos nesse novo cenário. Com uma Corte majoritariamente conservadora, os republicanos deverão judicializar qualquer iniciativa tomada pelos governos estaduais e por um eventual governo federal democrata, o que pode atrasar ainda mais a implementação dessas medidas. O mandato dos juízes da Suprema Corte americana só termina com sua morte ou mediante renúncia.

Enquanto isso, o Guardian destacou resultados de uma pesquisa de opinião conduzida junto com a Vice e outras organizações nos EUA que apontou que sete em cada dez eleitores desejam que o futuro presidente tome medidas mais efetivas para combater a mudança do clima. Cerca de 2/3 dos entrevistados afirmaram que a questão climática deve ser uma prioridade do país. Entre os democratas, a preocupação com o clima é ampla (90%); já entre os republicanos, 51% entendem que a mudança do clima é um problema sério.

Já a Atlantic ressaltou que a questão climática deve seguir sendo um tópico “quente” nos EUA, à medida que o país seguirá sendo palco de desastres ambientais sucessivos, desde incêndios monstruosos até tempestades cada vez mais fortes.

 

ClimaInfo, 24 de setembro 2020.

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