Sob pressão de investidores, JBS apresenta plano para rastrear gado contra desmatamento

JBS juntos pela Amazônia

Cobrada por investidores, ambientalistas e consumidores sobre o impacto de sua cadeia de fornecimento de carne bovina sobre o meio ambiente no Brasil, a JBS apresentou um programa para implementar um sistema de rastreamento que garantirá que seus produtos não sejam decorrentes de áreas que sofreram desmatamento ilegal.

A iniciativa da JBS prevê também ações para o desenvolvimento da cadeia, conservação e recuperação de florestas, apoio a comunidades e ao desenvolvimento tecnológico, além de um fundo para financiar projetos de sustentabilidade, com o valor inicial de R$ 250 milhões. Com isso, a empresa pretende ter toda a sua cadeia de fornecimento rastreada, incluindo seus fornecedores indiretos, até 2025.

A JBS é alvo frequente de cobranças e pressões, especialmente no exterior, pelo fato de não possuir controle efetivo sobre a origem da carne que comercializa. Em julho, o fundo europeu Nordea Asset Management anunciou a retirada da empresa brasileira de sua carteira de investimentos, exatamente por esse motivo.

Bloomberg, Financial Times, Guardian, O Globo, Reuters e Valor, entre outros, repercutiram o anúncio da JBS no Brasil.

Em tempo: Um grupo de 17 multinacionais de bens de consumo, entre fabricantes e varejistas, lançaram nesta semana a Forest Positive Coalition of Action, uma iniciativa voltada para reforçar ações de combate ao desmatamento e à degradação florestal nas principais cadeias de suprimentos de commodities do mundo. Gigantes como Carrefour, Colgate-Palmolive, Danone, Grupo Bimbo, Mondelez International, Nestlé e PepsiCo, entre outros, fazem parte do projeto. O Globo e Edie deram mais informações.

 

ClimaInfo, 25 de setembro 2020.

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