Autoridades, habitantes e especialistas seguem calculando o prejuízo econômico, ambiental e social causado pelo vazamento de óleo combustível de um graneleiro japonês nas Ilhas Maurício, localizadas na costa oeste da África, que encalhou na região em 25 de julho. Mais de mil toneladas de óleo vazaram para o litoral do país, contaminando praias, corais e mangues. A AFP fez um balanço desses dois meses e sobre as perspectivas futuras do pequeno país depois de seu pior desastre ambiental. Mesmo com a retirada do óleo, uma parcela significativa desses resíduos tóxicos se dissolveu no mar, sendo absorvido por peixes e outros tipos de animais marinhos. Isso deve prejudicar ainda mais a pesca, uma atividade econômica importante das ilhas.
De acordo com o Mongabay, investigadores analisam a possibilidade de o acidente ter ocorrido por causa de uma festa de aniversário celebrada na embarcação naquele dia: de acordo com a Autoridade Marítima do Panamá (AMP), país no qual o navio está registrado, o graneleiro se desviou de seu plano de navegação e se aproximou da costa para obter “sinal de telefone e internet, para que os tripulantes pudessem se comunicar com suas famílias”.
Já na Forbes, Nishan Degnarain ressaltou como os problemas na resposta do governo local e atitudes suspeitas dos proprietários japoneses da embarcação estão complicando o inquérito sobre a responsabilidade pelo desastre.
ClimaInfo, 29 de setembro 2020.
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