Poucos setores foram prejudicados de maneira tão profunda pela pandemia como a aviação civil. Forçada pelo coronavírus a manter seus aviões em solo por meses a fio e dependendo fundamentalmente da normalização total da situação sanitária para poder voltar ao volume de voos pré-pandemia – o que não tem prazo para acontecer – as companhias estão acumulando bilhões de dólares de prejuízos. Ao mesmo tempo, sofrem crescente pressão sobre o impacto de suas atividades para a crise do clima. O Guardian fez uma análise aprofundada dessas crises.
Ainda assim, o setor segue reticente a medidas de redução de emissões que possam pressionar seus resultados financeiros. Em julho, as companhias aéreas foram bem-sucedidas na flexibilização das regras para o mercado internacional de emissões de carbono, CORSIA, que deve entrar em vigor em 2021. Na Europa, companhias como Air France/KLM estão se desdobrando para derrubar propostas de tributação verde sobre suas operações, como mostrou a Reuters.
Como o portal Skift ressaltou, a pandemia apenas antecedeu mudanças estruturais que estas empresas enfrentariam em futuro próximo para repensar seu modelo de negócio. Nesse sentido, por mais que as aéreas tentem, não haverá como escapar de um “novo normal” para as viagens de avião.
ClimaInfo, 30 de setembro 2020.
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