Cúpula da ONU sobre biodiversidade deve destacar desafio financeiro para proteção da vida selvagem

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A ONU realiza hoje (30/9) uma cúpula virtual com a participação de chefes de estado e de governo para discutir esforços para a contenção da perda de diversidade biológica ao redor do mundo. O encontro servirá como um “aperitivo” do estilo de liderança que a China, país que sediará a próxima conferência global sobre biodiversidade (COP15) em 2021, imprimirá à agenda nos próximos meses. O Guardian fez um recorte sobre a sessão e as perspectivas para a atuação chinesa no comando da agenda, além de destacar os “fujões” que não estarão na cúpula de hoje – entre eles, Jair Bolsonaro, que sequer se dignou a assinar o compromisso anunciado no começo da semana por lideranças mundiais em favor de ações mais ambiciosas para proteção de fauna e flora.

Um tópico quente na agenda deste encontro será a lacuna existente nos instrumentos de financiamento para proteção de espécies, estimado em cerca de US$ 700 bilhões pela ONU. O Climate Home mostrou que, por ora, apenas alguns países europeus se comprometeram a elevar suas contribuições financeiras para esse fim, mas ainda em volume muito aquém do necessário para a reversão da trajetória de extinção imposta pela humanidade a outras espécies terrestres.

Vale a pena ler a reportagem especial do Guardian, a qual montou infográficos a partir de dados de uma pesquisa feita pelo think tank ambiental Resolve sobre uma “rede de proteção” planetária de áreas protegidas, que poderia deter a perda de biodiversidade. Se implementada, a rede abrangeria mais da metade do território continental terrestre, acima dos 30% propostos pela ONU no começo deste ano como meta para 2030.

 

ClimaInfo, 30 de setembro 2020.

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