Com agro dividido, grandes bancos aderem à coalizão pelo clima do agro e ONGs

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Os três maiores bancos privados do país – Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander – aderiram à Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, para reforçar os compromissos assumidos recentemente pela promoção do desenvolvimento sustentável e a proteção da Amazônia.

Em virtude das pressões e cobranças que se acumulam sobre o Brasil por conta da destruição de florestas, estes bancos anunciam estar modificando seus negócios, distanciando-se de empresas e cadeias produtivas envolvidas com o desmatamento ilegal. Em julho, eles apresentaram um plano para apoiar ações de desenvolvimento sustentável e conservação na Amazônia e formalizaram a implementação de novos critérios socioambientais para concessão de crédito para a região.

Por outro lado, segue a novela do rompimento entre a entidade representativa dos produtores de soja (APROSOJA) e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), motivado pelo envolvimento desta última com a mesma Coalizão. Marcelo Britto, presidente da Abag, lamentou a decisão da APROSOJA e reiterou o compromisso da entidade com um agronegócio que seja “responsável, sustentável e legal”. Já o líder da APROSOJA, Bartolomeu Braz, reclamou que os produtores de soja sempre eram “voto vencido” em temas de sustentabilidade na Abag e acusou empresas que estariam usando o tema apenas por  “interesse econômico”.

 

ClimaInfo, 2 de outubro 2020.

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