Se a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera seguir subindo no atual ritmo, a taxa de perda de gelo na Groenlândia pode atingir, até o final deste século, um ritmo inédito nos últimos 12 mil anos, concluiu um estudo publicado por pesquisadores norte-americanos na Nature.
A pesquisa se baseou em amostras de gelo e modelos climáticos que permitiram reconstituir a história do degelo na ilha durante todo o Holoceno, era geológica que começou há pouco menos de 12 mil anos. Os pesquisadores descobriram que, se o aquecimento global for limitado a 2oC neste século, essa taxa de perda de gelo na Groenlândia deve se estabilizar em torno de 8,8 trilhões de toneladas por século. No entanto, se as emissões seguirem crescendo, essa taxa pode chegar até 36 trilhões de toneladas até o ano 2100 – um volume de degelo jamais registrado durante o Holoceno. Isso resultaria em um aumento do nível dos mares de cerca de 10 cm.
AFP, Carbon Brief, National Geographic, The Independent e The Washington Post repercutiram o estudo.
ClimaInfo, 2 de outubro 2020.
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