Poucos países são tão polarizados no debate público sobre clima como os EUA. Capturada pela velha dicotomia conservadores versus progressistas, a crise climática virou refém das idiossincrasias do embate, com prejuízo substancial à capacidade da humanidade em responder adequadamente ao desafio.
No entanto, uma pesquisa recente do laboratório de comunicação e clima da Universidade de Yale revelou caminhos potenciais para dialogar com segmentos sociais mais reticentes à questão climática em favor de ações mais efetivas para reduzir as emissões de carbono. A revista The New Republic explorou alguns desses caminhos.
Uma 1ª conclusão interessante: centrar o diálogo somente na questão climática não ajuda. Incluí-la ainda que secundariamente na discussão de outros tópicos (como pobreza, desigualdade, economia etc.), especialmente aqueles mais próximos à realidade do interlocutor, traz mais possibilidades de diálogo. Isso já vem sendo feito nos EUA nesta campanha eleitoral, aproveitando os diversos desastres ambientais que acometeram o país nos últimos meses. Mesmo em estados historicamente refratários à discussão climática, a recepção do tema por um recorte menos técnico e mais contextualizado tem sido melhor.
ClimaInfo, 7 de outubro 2020.
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