Até mesmo a entidade símbolo da indústria petroleira teve que dar o braço a torcer. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) afirmou ontem (8/10) que projeta uma estabilização da demanda global pelo combustível ao final dos anos 2030, seguida posteriormente pelo seu declínio. Segundo a OPEP, a demanda por petróleo deve subir de 90,7 milhões de barris por dia (bpd) para 107,1 milhões em 2030. A previsão é 1,1 milhão de bpd inferior à projetada para 2030 no ano passado e mais de 10 milhões de bpd abaixo da mesma estimativa feita em 2007.
Até lá, no entanto, a OPEP vislumbra um cenário de crescimento na demanda no curto prazo, à medida que a economia global se reaquece após a pandemia. Para 2021, o consumo de petróleo deve subir para 97,7 milhões de bpd e atingir 99,8 milhões em 2022. Reuters destacou essa notícia.
Em tempo: No último século, a história da Venezuela se mescla com a do setor petroleiro. O combustível foi a principal fonte de riqueza do país, moldando sua economia e orientando a política ao longo de diferentes governos com as mais diversas inclinações ideológicas. Hoje, no entanto, na esteira da crise econômica, política e social vivida pelos venezuelanos, o setor do petróleo agoniza. The New York Times fez um raio-x interessante dessa situação, destacando como mudanças no perfil do mercado internacional, associadas com as restrições impostas pelos EUA ao regime de Nicolás Maduro na última década, congelaram a indústria de petróleo do país e, em breve, podem causar sua interrupção.
ClimaInfo, 9 de outubro 2020.
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