Desmatamento supera ritmo de regeneração na Amazônia

desmatamento amazônia

O Globo deu detalhes sobre um estudo recente de pesquisadores de Brasil e Reino Unido que analisou o desenvolvimento das chamadas florestas secundárias (áreas desmatadas que são regeneradas naturalmente) na Amazônia. A conclusão não é boa: elas não estão conseguindo se desenvolver nos ritmo e volume necessários para sequer absorver o carbono resultante do próprio desmatamento.

Publicado em setembro na Global Change Biology, o estudo indicou que as florestas secundárias amazônicas absorveram menos de 10% do carbono emitido pelo desmatamento nos últimos 30 anos. Os autores apontam dois motivos para isso: o ritmo crescente de desmate e a derrubada de florestas secundárias, que resulta no corte prematuro de árvores. De acordo com o estudo, 85% das florestas secundárias não chegam aos 20 anos de idade, sendo que metade tem menos de cinco anos de vida.  Em termos gerais, o estudo sugere que essa derrubada prematura prejudica ainda mais a capacidade de absorver carbono da atmosfera e contribuir para reduzir o nível de concentração de gases de efeito estufa no planeta.

Em tempo: A líder munduruku Alessandra Korap é a ganhadora deste ano do Prêmio Robert F. Kennedy de Direitos Humanos, em reconhecimento à sua luta em defesa dos Povos Indígenas e do meio ambiente no Brasil. Alvo constante de ameaças, Korap é um nome importante do ativismo indígena, com atuação marcante na luta pela demarcação de Terras Indígenas e contra projetos de infraestrutura que impactam Comunidades Tradicionais na Amazônia. A Folha deu mais detalhes sobre a premiação.

 

ClimaInfo, 14 de outubro 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)