O degelo do permafrost, a camada de solo congelado no Ártico, pode causar mudanças brutais na paisagem derrubando montanhas inteiras mar adentro – e, assim, causar tsunâmis. Isso já é uma preocupação no Alasca, como informa o Guardian: em 2015, um deslizamento de terra de uma encosta no fiorde de Taan levantou um paredão de água que avançou cerca de 193 metros nas terras vizinhas.
A reportagem destacou também um estudo publicado em julho que analisou 30 anos de imagens de satélite em áreas do Alasca e conseguiu correlacionar anos de temperaturas mais quentes com momentos de deslizamento de terra no Parque Nacional e Reserva de Wrangell-St. Elias e na Baía dos Glaciares.
Como essas mudanças geológicas são mais lentas e difíceis de prever, é muito difícil que possamos desenvolver algum mecanismo de alerta de tsunâmis causadas por deslizamentos de terra, ao menos da forma como existe atualmente para ondas gigantes causadas por terremotos e maremotos.
ClimaInfo, 19 de outubro 2020.
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